sábado, 10 de dezembro de 2011

vamo lá

vim aqui escrever sobre sei lá, piolho vai ver (esqueci mano) e me deparei com a seguinte imagem:



será que o google anda lendo meu tuinter e sabe que é mais provável que eu crie 3 blogs novos (absolutamente fora da realidade) do que atualize os dois que eu já tenho?

como eu tava conversando com um broder hoje, sou viciada em internet. mas não é um vicio legal "nossa como a lari é informada, super viciada em internet, ligada em todos os assuntos" é um vicio CANT GET SHIT DONE de internet.

hoje (ontem) eu deveria ter levado uma cópia, uns negócio lá na auto-escola (aprox. 3 min. a pé da minha casa) porque era o ultimo dia pra pagar o preço de 2011, segunda-feira eles vão aumentar. sabe o que eu fiz? fui assistir A pele que habito (muito bom, recomendo) MAS antes disso eu tinha um certo tempo (cheguei atrasada, mas tinha um certo tempo) e ao invés de fazer esta merda eu fiquei na internet.

meu ponto é o seguinte: se você é viciado em cigarros por exemplo, vai ser dificil para mas com alguma insistência e perseverança você chega lá. agora, você não precisa do cigarro pra procurar emprego, você não precisa fumar pra ver quem se comunicou com você, você não precisa de um maço pra pegar aquele filme que você acha legal, não precisa fumar quando quer se manter informado ou falar com seu amigo que mora em outra cidade ou quando precisa saber quanto custa um sapato X ou quando quer contar uma piadinha pra todo mundo ou quando precisa conversar com alguém ou quando ENFIM deu pra entender né? (deu há mais ou menos uns 7 exemplos atrás mas eu quis ser enfática - e agora eu quis ser obvia)

como se faz pra largar um vicio que genuinamente afeta sua vida quando a causa do vicio não pode de jeito nenhum sair completamente da sua vida?

eu preciso de algum tipo de cronograma, certo? eu sinto que com uma rotina ou algo que me faça ter um pouco mais de disciplina as coisas melhorariam. (além do meu vicio em internet, o que eu mais notei nessas férias forçadas foi que a coisa que eu mais invejo nos meus amigos é a beleza BRINKS é a disciplina).

outra duvida, pros viciados em cigarro tem toda uma aprovação da sociedade em parar, toda uma lei de restrição, todos uns chiclete maneiro pra viciar em outro coisa, etc. tem também seus amigos naquele apoio/pressão de tipo, AFF SABIA QUE VC NÃO IA CONSEGUIR e você naquelas de mano, vou calar a boca dessa gentinha (oi beijo amigos), enquanto que pra eu me livrar desse vicio de internet só vou ter eu de aprovação, de sujeito de restrição e de apoio/pressão. outra: não sou muito honesta comigo msma e vou acabar me deixando dar uma escapada me subornando com a internet (e no caso, entrar na internet já seria o pagamento do meu suborno de mim mesma pra entrar na internet JEITINHOBRASILEIROCEPTION**)

bom, em prol do pró-ativismo eu vou resolver isso A-GO-RA:

9:00 - 10:00 Acordar (acho que é razoável pq A) eu odeio acordar cedo; B) to de férias; C) cansei de perder o dia todo), tomar café da manhã de forma decente (e não comendo qualquer coisa que alguém deixou na mesa enquanto checo o que eu perdi no facebook enquanto estava dormindo), me curar do mal humor matinal (apelidado carinhosamente pelos familiares de TU É O SATANÁS QUANDO ACORDA EIN), fazer exercício físico (parece maluquice mas eu andei testando alguns jeitos de acordar e até depois de tomar banho ou assistir um filme eu consigo voltar a dormir se é antes do meio dia, mas fazer exercício me parece bem seguro ~ainda não testado~)

10:00 - 11:00 Checar e-mail (SÓ E-MAILS) e procurar emprego (comecei com uma atividade leve e que eu gosto, porém que não envolve diversão em demasiado, coisa que certamente arruinaria o cronograma todo)

11:00 - 12:30 Preparar almoço/sobremesa (o caso é que eu separei uma lista de coisas que eu gostaria de aprender a cozinhar mas que até agora não me mexi em nenhum sentido pra fazer isso acontecer, se eu tiver um horário certo, acho que fica mais fácil)

12:30 - 13:30 Checar facebook/google reader/twitter/vida dos outros (não sou stalker, sou admiradora investigativa)/etc. O negócio é que eu não consigo absolutamente comer sem ler/assistir algo mas também não posso me aborrecer ou concentrar muito em qualquer coisa, então acho ideal juntar os dois horários.

13:30 - 15:00 Pesquisa relacionada a faculdade / publicação de artigos (perdi o prazo da iniciação cientifica - foi por um motivo quase mas não completamente diferente do vicio da internet but vou culpar o vicio já que estamos no assunto - então minha meta agora é publicar artigos em 2012 como se não houvesse 2013*)

15:00 - 15:40 Mais facebook/google reader/twitter/vida dos outros, porque vai ser minha recompensa por tudo que eu realizei até esse momento do dia.

15:40 - 17:00 Fazer coisas não relacionadas com a internet. QUALQUER COISA, ir jogar uma pelada, sei lá. (é mais provável que eu vá jogar super paper mario no wii mas se eu contundir meu joelho, VOCÊS FORAM AVISADOS)

17:00 - 19:00 Atualizar blogs: ééééé eu gosto de escrever, me faz bem, e teve até um certo ponto na vida em que eu fazia isso tão bem que ganhei uma faculdade de prêmio por essa causa. porque eu parei? não sei. obrigar a mim mesma a voltar vai funcionar? MUITO PROVAVELMENTE NÃO, olha a hora que eu to escrevendo esse baguiu aqui (05:48 AM) mas eu já tentei outras coisas, ta na hora de tentar a rotina.

19:00 - ... Escrever um best-seller. Olha, eu nem sei o que colocar aqui. Meu dia ficou subitamente muito grande pra quantidade de coisas que eu preciso fazer ao invés de pequeno demais, como ele é hoje. Enfim, vou deixar de tempo livre. Bom, eu tenho que tentar isso um pouco pra ver qual é o problema (não é facil largar um vicio amigos) e voltar aqui pra rearranjar o cronograma.

1:00 IR DORMIIIIIR QUE AMANHÃ EU ACORDO AS 9 FÍO.

Minha nova e melhorada eu (já me sinto mais leve) gostaria também de gastar menos com uma série de coisas e de comer menos, mas vamos por partes (o tio do pavê diz: como diria jack estripador).

ps: amanhã é domingo então não vale, mas segunda eu venho aqui (das 17:00 ás 19:00 no máx. e conto como foi - se não contar já ta aí uma resposta também)

*me gusta maia dos broder** **as vezes eu acho que entro em um fluxo tão grande de ideias que as pessoas só fingem entender pra não ter que entrar no assunto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

post-resposta (só que não)

veja bem (veja bem*), eu leio as coisas né, eu persigo as pessoas e leio os blogs e sei das coisas que as pessoas que eu não conheço falam porque enfim, eu vou atrás. e daí, every once in a while, eu leio algo que as pessoas que eu semi conheço falam e eu descordo demais.

minha vontade nessas horas é sempre fazer um post-resposta e mostrar pra pessoa e começar uma discussão saudável sobre o assunto (lembro de um tweet aleatório: como é bom discutir sem brigar com alguem que discorda de você - e como é raro). e daí eu não posso** chegar e fazer isso por questões sociais (e uma preguiça enorme da pessoa ser chata e encher meu saco ou então o pensamento de que a pessoa talvez ache um saco e oi? nem te conheço?).

só que acabei de ler uma dessas coisas que eu discordo e olha, eu posso responder. é só eu discutir sozinha aqui informando a voc~es sobre o outro lado:

a pessoa chega e argumenta sobre como "planejar sozinho dá preguiça" e "Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido" e enfim, solidão. acho que deu pra entender o tom geral do post tema.

é só que esse é aquele velho discurso de sempre. eu cheguei nessa fase em que eu até prevejo que uns 15 posts (considerando minha super frequencia) mais a frente desse eu talvez concorde mas por enquanto vou defender meu ponto.

é claro que você fica carente e é claro que né? você quer fazer aquelas coisas que ninguém mais quer e se você tivesse um namorado você arrastava ele e pronto (amor conjugal) mas fora isso eu não entendo, não consigo entender essa vontade maluca de ter alguém, qualquer um.

acho que é diferente se você tem aquela pessoa em mente, a pessoa perfeita pra você, com a qual casar e ter filhos não seria uma coisa extremamente cansativa (como a gente sabe SIM que é - bora parar de se enganar, você que falou que não?).

mas ficar com alguém porque é ruim ficar sozinho, procurar se apaixonar, achar que é vazio e solitário ficar só em um fim de semana quando se está solteiro, isso tudo é, bom, confiar muito em alguem.

eu explico: porque seria menos solitário planejar sua felicidade sozinha se quando você planeja ela com alguém (alguém diferente de você, da qual você não sabe o que se passa na cabeça) a pessoa pode simplesmente decidir que não é assim e deixar a sua felicidade de lado em prol da dela mesma A QUALQUER MOMENTO.

e né, considerando tudo que eu tenho falado aqui isso com certeza parece um recalque gigantesco da minha parte mas eu sempre achei que você realmente precisa ser feliz sozinho pra conseguir ser feliz com alguém, porque senão aquilo que você tem com a pessoa se torna extremamente dependende, do tipo que a sua felicidade é ligada inteiramente a ela e se ela não existir mais (na sua vida ou pior, no mundo) você será incapaz de ser feliz.

mas você sabe, ela pode decidir que a felicidade dela (que não depende de você, se ela for saudável) está sendo afetada pela sua e te deixar. agora se a sua felicidade depende de você é CLARO OBVIO ULULANTE que quando isso acontecer você vai ficar triste, mas vai estar tudo bem, ninguem vai morrer.

e não morrer de amor é bom e não significa que você não amava a pessoa. (agora durmam com essa: não morrer quando algo acaba não significa que você não ama)

e oi? é mais legal ser feliz gente, bora parar com essas de 'é impossível ser feliz sozinho'?



*toda vez que eu falo veja bem me vem um eco na cabeça de alguém falando veja bem em um tom bem ordinário que significa que a pessoa está mentindo (mas nesse caso eu não estou - muito)

** posso mas ai,

quarta-feira, 6 de julho de 2011

idiota.

daí hoje eu fui no shopping e quem acompanhou a saga do twitter e das bolsas sabe que né? tenho problemas. mas fora isso teve outra coisa:

enquanto eu estava passando no caixa pra comprar uma meia calça (unica e surpreendente - em vista do débâcle das bolsas - aquisição) uma garota na minha frente, olhos azuis, cabelo de boneca, magrinha e lindinha ia comprar um vestido e na fila encontrou um vestido largado um número menor do que ela ia comprar. ela tinha ido pro shopping acompanhada de algumas amigas e amigos e o namorado (só eu acho estranho ir comprar roupa com um monte de gente a tiracolo? eu geralmente passo horas no provador decidindo se levo a blusa preta ou a azul marinho e não posso ter nenhum tipo de pressão, como várias pessoas lá fora esperando por exemplo, senão atrapalha o processo todo e eu acabo comprando sei lá, uma esmalte) e decidiu chamar o namorado pra decidir se não seria melhor levar o vestido menor porque o outro estava um pouco largo.

o namorado veio e deu suas opiniões, começando por 'eu não sei, não vi, você que tem que saber', passando por 'a unica diferença pro menor é que vai ficar mais curto' e terminando em 'o maior você pode usar como vestido' ao que a menina respondeu que o menor também poderia ser usado como vestido. o namorado deu uma olhada feia pra menina, ao que ela completou 'com uma meia calça, dá sim' e ele 'não dá não, você NÃO VAI USAR ISSO AQUI COMO VESTIDO', enquanto balançava o vestido/blusa/sei lá.

depois disso a menina ficou muito tipo 'ai amor, pára com isso MIMIMI' e o cara enchendo o saco, falando que ela ia mostrar demais, etc e tal. (detalhe que o vestido na tinha decote e tinha a manga comprida). Argh, só de lembrar disso me dá uma raiva, eu consigo traçar um paralelo perfeito com mulher que apanha do namorado/marido.

veja bem, eu não estou culpando a mulher, não, a culpa é óbviamente do cara. ele decidiu bater, ele está errado. mas eu também não traço esse paralelo com mulheres que já apanharam, eu to falando aqui de mulheres que apanham e que todo mundo sabem que apanham e continuam nessa vida. gente! eu sei de pessoas na minha idade que apanham do namorado, que o namorado tranca a pessoa em casa, na chave! que vida é essa?

e aí, se como essa menina, que é linda e conseguiria muito mais do que um babaca controlador, você só falar 'amor para com isso MIMIMI' e aceitar que ele imponha as vontades dele sobre O SEU CORPO, você é idiota sim, e se na primeira vez você apanhou e a culpa foi dele, na segunda vez você apanhou e a culpa é dos dois.

eu fiquei com TANTA vontade de falar pra garota 'ele tá pagando sua roupa? porque você deixa ele controlar o que você usa?' mas quem sou eu?

daí quando eu estava saindo da loja ouvi a garota falando assim pro cara 'ai, porque você sempre tem que ser tão grosso comigo?'. não é óbvio? porque você deixa querida.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

reclamação de sofá.

que estado de espirito é esse afinal?

tudo o que eu penso ultimamente é cinico, não é meu pensamento, é aquela vozinha lá no fundo que julga os meus pensamentos que anda falando mais alto. e eu que sempre soube mas nunca liguei de ver o mundo como um lugar onde o bem (o que é o bem afinal?) é possível, ando pensando só o pior das pessoas. porque não são meus pensamentos, é aquela voz no fundo que julga eles que eu tenho escutado.

alguem falando do visual, de mudanças, alguem com ciumes, alguem triste por que queria estar em um lugar com uma jukebox bebendo whisky, alguem bebendo whisky querendo ter uma familia, causas pelas quais lutar, reclamações sobre o obvio e ululante frio (alguem discute sobre como todo mundo acha que que o frio é tão melhor no calor, alguém lembra sobre como todo mundo também reclama do calor quando está calor), anoitece as 11pm no canadá, foto das garotas bonitas no verão em lugares que você queria viajar mas sempre se pergunta se algum dia vai conseguir sair dessa vidinha mediocre, reclamações sobre o quão futeis são as pessoas (reclamar no facebook adianta?), corrente contra o cancer (porque ele vai ver que ninguem gosta dele e ir embora), genialidade tão longe da realidade (como isso é possivel?), reclamações sobre trabalhar demais, reclamações sobre não ter trabalho, reclamações sobre empregadores abusivos, reclamações sobre música ruim e a injustiça do universo. e os protestos, as infindáveis marchas contra isso e pró aquilo e aonde mesmo estavamos indo? ah sim! apanhar.

entende?(é óbvio que não, diz a voz. se alguem entendesse eu poderia escrever um livro) mesmo essa verborragia incontrolada é justamente o motivo pelo qual eu venho aqui tentar explicar que não entendo.

a voz diz: será que as pessoas não percebem o quão sem sentido é tudo isso? porque elas continuam fazendo exatamente as mesmas coisas de sempre enquanto reclamam de não alcançar resultados diferentes nunca?

a cabeça fechada das pessoas que só percebem a vida como um caminho traçado (de certa forma, ou com certeza, ou sei lá o que, sim traçado) e se você sai dessa reta da qual você deve viver, se você tem menos medo, se você se doa mais, se você procura a verdade abaixo das coisas (e acha que acha), se você só gostaria que as pessoas julgassem menos (e essa voz irritante na sua cabeça fosse menos incisiva) então você é ingenuo, você não sabe como as coisas são porque você não escuta a grande voz da chateação, a voz da ética (ou da moral? eu nunca lembro qual não vem de você - ah, perai, nunca entraram em um consenso) na qual é válido magoar outro ser humano porque ele não age como as outras pessoas te disseram que ele deveria agir e você acreditou e passou adiante.

porque você tem que nascer, viver a vida toda como te disseram e ser feliz dessa maneira, sem ninguem nunca te dizer como ser feliz mas te dizendo o tempo inteiro como viver. porque os atos de alguem que não é você te magoam tanto? porque é impossivel aceitar que é possivel gostar de alguem mesmo gostando de outra pessoa (e o ciume te corrói, porque você ama mais). porque é tão proibido amar alguem que não te ama?

é essa reclamação de sofá (exatamente igual a minha aqui e agora) que me irrita demais. porque você reclama e não age. porque você reclama e escuta todos os conselhos sobre como mudar a situação mas não age, não pode agir por causa do medo. e o medo é a coisa mais sem sentido.

reclama da falta de amor, mas se recusa a deixar ela entrar, cada mínimo defeito é razão pra lembrar do abandono anterior (consequencia de um defeito X jamais percebido antes) e o medo de sentir isso denovo. reclama da vida rotineira mas se recusa a tentar aquelas coisas das quais ouviu falar porque ficar aqui assistindo esse filme é melhor, afinal lá fora existem os lobos e a morte e vamos todos nos trancar em casa. argh, isso nem faz sentido. o que me irrita é esse amontoado de clichês e o fato de que ninguém, absolutamente ninguém vai entender o que eu quero dizer.

ninguém vai chegar até esse ponto do texto (podia ter um ponto final aqui - e como me irrita demonstrar essa insegurança ou achar que alguem vai achar que eu ligo. ou ligar) e mudar, ou menos: pensar. ninguém vai chegar até aqui e decidir ser sincero.

a futilidade não é o problema (não acho nem desnecessária). o esconder, o negar, esse e o problema (dentre tantos) e a futilidade de tanta gente gritando coisas sem sentido em cima disso me irrita demais (porque?).

e o medo. de outras pessoas que são iguais a você (mas fingem que não são porque ser você é ruim).

isso é o que a voz diz, nada muda.

terça-feira, 21 de junho de 2011

the art of losing isn't hard to master

percebi que desde que eu perdi aquela noções certinho de como as coisas iriam acontecer (acho que no fundo eu sempre acreditei que o destino era casar e se acomodar) as coisas começaram a acontecer. quero dizer, eu cresci.

é esquisito né, falar isso. esquisito falar que eu cresci e sentir respeito pelos meus pais mas não medo. pensar e saber com tranquilidade que a vida é minha, que se alguma coisa acontecer eu não vou precisar sair correndo, precisando de ajuda porque eu aguento o tranco.

também é legal perceber a diferença que faz se relacionar com milhares de pessoas diferentes e só ser livre.

acho que esse post assim, sem detalhe algum é a coisa mais irritante que existe nos blogs, pra uma pessoa curiosa (como eu) é quase uma tortura não saber os detalhes por trás de cada frase mas ao mesmo tempo eu penso, pra que?

a verdade é que eu não escrevo mais como antes e tenho mesmo medo de perder essa coisa que eu acho que me faz unica, mas acho que eu me sinto muito mais unica sendo a unica que me ama do que quando eu acho que alguem me ama e quero não chatear a pessoa. ai sei lá, parece tão ridiculo simplesmente falar esse tipo de coisa porque é obvio mas é o que eu percebo agora.

acho que o titulo do post afinal está errado. o poema argumenta e argumenta sobre a pequena dificuldade em dominar a arte de perder enquanto a obvia verdade é de que é a perda foi a maior de sua vida e é dificil até mesmo escrever sobre o fato. não é assim que eu me sinto, o titulo deveria ser crescimento.

e ainda, enquanto na verdade eu adoro escrever todos os detalhes sórdidos dos meus mínimos pensamentos, me dá muito mais vergonha de publicar esse post que é praticamente ininteligível, porque ele fala muito mais.

domingo, 17 de abril de 2011

meu nariz

e esse calor não me deixam dormir. bora falar pra estranhos sobre as coisas que eu penso e eles não poderiam ligar menos então.

que mês (ou mais precisamente, quaresma) mais estranho. parece que tudo aconteceu ao contrário, embaralhado. não só os dias dentro do mês, mas também as horas dentro do dia. parece que nada do que aconteceu nesse tempo todo significou alguma coisa, não consigo precisar acontecimento nenhum.

eu não sou assim, não gosto de coisas sem significado, sem conquista e plano e pensamento e análise e detalhes e.
não sou de evitar pensar nas coisas e isso é o que eu mais faço ultimamente.

mas a quaresma de se podar e pensar (só que ao contrario) acabou, e eu sinto e (como não consigo dormir) penso que acabou pra mim também. é que antes existia esse plano, entende? e estava tudo certo, só o que restava era seguir e ser feliz enquanto isso. mas agora o plano obviamente afundou por razões que eu ainda não entendo completamente e eu tenho que criar esse novo plano. esse novo plano obviamente me dá medo, porque além de ser uma mudança radical de um plano que deveria dar certo mas não deu (e eu não sei porque, por extensão, não tenho nenhuma noção se esse vai dar, por extensão, não tenho nenhuma noção de nada) eu também não sei o que ele deveria incluir.

assim, tem aquelas coisas que eu acho que deveriam ser inclusas, tipo, sei lá, viagens. mas fora essas coisas, é tudo muito vago. vai ver é vago porque o objetivo da vida (DIZEM) é ser feliz e ninguém realmente sabe como. mas daí eu sou uma romântica e penso que o plano deveria incluir encontrar o meu cosseno (sou uma romântica E uma engenheira to be E, bom, brega?), mas além de todas essas coisas, eu agora sou também amargurada e cínica (aprendendo com a vida, etc) e penso que incluir isso no plano só pode levar inevitavelmente ao fracasso (caso o objetivo da vida seja mesmo ser feliz, mas caso seja, sei lá, ter muito contato físico com outro ser humano essa provavelmente é a direção certa).

é claro que viver a vida só por viver e tal, sem um plano, é (ou parece ser) melhor. toda aquela coisa de espontaneidade, e sobre como as coisas chegam pra você se você não procura por elas é lindo mas eu tentei isso na quaresma (não tentei com todo esse pensamento sobre o que eu estava fazendo, mas tentei) e vou te falar que não deu certo. eu não fui eu, e eu (descobri recentemente - tipo hoje) quero ser eu. sempre gostei muito de mim e pensando nas coisas que eu fiz ultimamente, não gosto dessa outra pessoa sem planos e sem pensamento obsessivo (ei, pelo menos eu sei que é obsessivo, mas afinal alguem tem que ser, não é mesmo?).

fico feliz que a páscoa finalmente chegou, assim como toda essa galera que acha que deus liga se você fica sem comer carne e ter outros prazeres nesse período (eu tenho o cuidado de não ofender as crenças das pessoas, mas ouvi dizer que é meu direito discordar), só espero continuar pensando do mesmo modo pela manhã (e amanhã, e amanhã, e).

bom, eu tenho que acordar em duas horas e meia, não tenho lá muito tempo pra mudar de opinião, acho que mantenho vocês avisados então.

quarta-feira, 30 de março de 2011

sim ou não?

post de um minuto senão perco o onibus das 18:05 (o próximo aparece no ponto só as 18:35).

tudo é muito simples. então porque nego complica tanto? se você quer ficar com alguem mas não quer ser infeliz é só não mentir, certo? você não deve nada pra pessoa, ela não vai te machucar se você falar a verdade, ela também não quer que você minta, então pra que complicar algo simples (como tudo na vida?)?

tem aquela história de não machucar o outro e tal, mas ás vezes não é melhor ser machucado aos poucos e entender o que tá acontecendo do que sofrer um corte limpo e seco no meio da sua vida?

sim, eu continuo falando sobre isso, sim eu sei que está sendo repetitivo, mas eu estou obcecada (como eu expliquei ao meu querido irmão outro dia, não estou obcecada por ele e sim por toda a lógica de relacionamentos e pelo sofrimento em geral) (depois disso meu irmão me deu um golpe de krav-magá pra me ensinar a ser homem). beijos.

terça-feira, 29 de março de 2011

total eclipse of the heart

daí que eu sinto vontade de falar pra vocês tudo que aconteceu nos mínimos detalhes porque quando eu leio algo e as pessoas escondem essas coisas eu fico irritada. mas não posso né, privacidade, essas coisas. eu posso contar pra vocês só como eu me sinto com tudo isso.

íncrivel como a total decepção com alguém pode te ajudar a superar essa pessoa. acho incrível porque o fato dela terminar com você já deveria ser decepção suficiente, mas não é. e agora você entende as loucas que ficam correndo atrás de gente que não quer mais elas. eu tenho amor próprio demais pra ficar com alguém que não me queira, mas vou te dizer que estive a um passo de ser uma louca (não ia correr atrás, mas ficava pensando o tempo todo nisso e tal).

eu já terminei com alguém, mais ou menos na mesma situação, porque a pessoa também não tinha idéia de que eu ia terminar e tal, daí eu fico me comparando, e olha, acho que eu sou melhor. quer dizer, eu sumi completamente da vida do ex-namorado (porque ele pediu e tal) mas daí eu também acho que o ex-namorado foi mais legal que eu na minha situação (mas vai ver é porque ele não era de escorpião e tinha ânsias de se vingar e tal - sim, quando é conveniente, eu culpo os pedaços de pedra há anos-luz de distância de mim pelo meu comportamento), só que OI o ex-namorado não era obrigado a me ver TODO DIA.

de vez em quando eu tenho vontades de ver e falar com o ex-namorado (o que eu terminei, não o que terminou comigo) e dai eu penso que daqui há 2 anos (faz esse tempo, mais ou menos) eu ainda não vou querer que o ex namorado (o que terminou comigo, não o que eu terminei) venha me encher o saco.

adicionalmente (:D) eu acho que vocês deveriam escutar a seguinte música: be your own pet - becky. nada de sensacional, é só da hora de ouvir. (agora a música do título do post é sensacional além de ser da hora de ouvir, mas só se você tiver mais de 40 de espiríto)

domingo, 27 de março de 2011

ah, quer saber?

cansei de sofrer. pode parecer uma certa hipocrisia alguém que diz que quer sentir tudo o que há pra ser sentido recusar a sentir algo forte assim, o negócio é que uma pessoa tem que fazer o necessário pra continuar vivendo. não quero ficar louca nem amargurada, eu só quero não pensar mais nisso.

eu quero seguir em frente, e se isso significa pegar um atalho e ignorar algumas coisas, deixar de sentir, me tornar entorpecida, então é isso que vai acontecer.

eu achei que eu aguentaria, mas acho que no fim, eu cheguei a conclusão de que não dá, não aguento sentir tudo o que há pra se sentir nisso.

e é isso. mesmo essa decisão já me faz sentir melhor, o que faz eu me perguntar: será que eu gosto de sofrer? acho que não. mas também não concordo com não sentir nada. não concordo com terminar um relacionamento e agir como se estivesse tudo bem, como se fosse isso mesmo que eu achasse que ia acontecer uma hora ou outra e a fila anda (e como).

além disso, acho que a pessoa que eu amava não existe mais, ou nunca existiu e só agora eu consigo enxergar isso, ou é só a visão de uma pessoa rejeitada com raiva da outra (mas eu tive muito tempo pra analisar - mais precisamente, todos os momentos em que eu estava sozinha - e acredito mais na primeira hipótese). de qualquer maneira, a única coisa pela qual ficar triste por só existe dentro da minha cabeça agora.

meu ponto é: i'm done. posso voltar a viver agora.

segunda-feira, 21 de março de 2011

do you feel the same?

vou escrever rapidinho um resumo do que eu pensei hoje enquanto eu escuto one - u2 e mary j blidge (que eu fiquei querendo escutar o dia inteiro mas sem ter como).

we're ooone but we' not the sameeeee (8)

o que é intensidade? será que foi isso que faltou? já me disseram que justamente a falta de briga foi o que faltou no meu namoro (que eu achava bem legal justamente por isso). e daí que eu já presenciei algumas brigas de casais bem feias e pensando nelas sob essa perspectiva começo a achar que essas pessoas podem ter razão.

você não briga com quem você não se importa, ok, mas no meu caso eu sempre evitei confrontos, toda minha vida. não era por não me importar e sim por achar que é possível fazer diferente. eu ainda acho que é, isso não mudou, ao mesmo tempo que eu quero uma paixão mais intensa, cheia de briga. ao mesmo tempo que eu não quero paixão alguma, quero só ficar sozinha remoendo meus pensamentos, ao mesmo tempo que eu quero alguem confiável, que não me machuque, ao mesmo tempo que eu quero só fazer o que eu quero com quem eu quero quando eu quero, no strings attached.

resumindo, eu não sei o que eu quero, mas esse não era o meu ponto.

adicionalmente (adoro essa palavra meldels) gostaria de comunicar que ando completamente obcecada com o fim do relacionamento que consumiu grande parte dos meus ultimos dois anos e talvez não consiga falar de nada além disso durante um bom tempo. se você não curte essa linha amargurada talvez seja melhor abandonar o blog (ó não! por favor! não me abandone também - sou naturalmente engraçada).

em assuntos relacionados: algo que eu ando notando é que as pessoas as vezes não notam o meu sarcasmo e daí acham que eu sou, sei lá, maníaca sexual ou então alcoólatra, essas coisas. nota mental: parar de fazer piadas que não parecem com piadas (alguém mais sente prazer em enganar os outros? - só com coisas inocentes tipo minha reputação gente, fora isso eu sou uma trabalhadora).

perdi o foco, mas deve ser porque a música acabou. perder o foco nesse caso é bom. como vocês se sentem na posição de espectadores antropológicos vendo a cura lenta de um humano fêmea em primeira mão?

enfim, bebida é coisa do diabo, digam apenas não crianças.