quinta-feira, 24 de julho de 2008

Vivendo ou existindo?

Eu estou tendo uma das melhores férias da minha vida, fato. Eu não sei se é porque eu cresci, e não tenho mais fogo ou animo de sair todo dia, ou talvez porque essas são minhas ultimas ferias da escola e eu tenho por isso, predisposição de achar que está tudo sendo o máximo, mas a verdade é que eu me diverti muito essas ferias.

Ontem uma amiga , que vale citar, teve férias com viagens chiques pra fora do país e festas e tudo o mais, veio me falar que está em depressão. Que falta uma coisa na vida dela, e ela não consegue descobrir o que é, e sente o vazio. Sinceramente? Se eu fosse grossa ia falar que tava faltando uma **** enfiada no ** dela (li Morróida hoje =T), hahaha, mas eu realmente não acho que ia ajudar.

Comecei a pensar então no porque eu tô tão feliz sem dinheiro, e ela que tem tudo ta aí, aos prantos. É tão clichê falar que dinheiro não traz felicidade, mas também, é beeeeeem aplicável nesse caso, vamos combinar.

Eu poderia ter falado pra ela isso, que o jeito dela de ligar tanto pra dinheiro, status, beleza, o que falam dela, talvez seja essa a raiz da tristeza dela, e o jeito mais facil de ser feliz é sendo você mesmo e blablabla. Vamos encarar, não ia adiantar, porque A) ela não ia escutar eu falando isso, classe média é foda, a Veja já incutiu na cabeça deles que ricos é que são legais. Droga de Diogo Mainardi. B) Mesmo que ela escutasse, a esse ponto da vida, vivendo como ela vive há anos, como seria de repente se descobrir sem máscaras impostas pela sociedade? Melhor não já que beleza é só o que ela tem agora.

Eu poderia falar que o que tá faltando na vida dela é deus, mas ela me responderia que reza toda noite. Oi? Desde quando isso é deus? Claro que eu sou budista, e tudo o que eu tenho por sagrado é diferente do Cristianismo, mas é que eu não consigo acreditar as vezes que pessoas que fazem comentários tão ruins, ignorantes, arrogantes quanto os que essa pessoa faz, acreditem em deus, qualquer deus que seja.

Ela é uma das pessoas mais superficiais que eu conheço, o tipo de pessoa que sempre quer mostrar por outros que tem as melhores coisas, e que tem a vida mais feliz, e que tem os amigos mais legais. Eu conheço varias pessoas assim, e todas elas querem MOSTRAR que teem todas essas coisas, mas não é tão importante pra elas de fato ter. A maioria das pessoas que eu conheço assim são infelizes. O que falta na vida delas?

O que faz elas tristes é ter de parar todas as vezes que estão fazendo algo divertido pra tirar foto.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Rapidinhas.

Eu descobri! Eu descobri, eu finalmente descobri o motivo de domingo ser de longe, o dia mais irritante na semana, mesmo se você está de férias.
É o dia menos aproveitavel entende?
O dia se estendendo inteiro na sua frente, e nenhum plano, nada pra fazer... Nunca.
Dá aquele nervoso, de não fazer nada. O problema são as opções. Como é (geralmente) o unico dia de descanso, você pode fazer tudo o que não pode no meio da semana, e aí, você não consegue escolher.
Você pensa: hmm, que tal um filme? Nah. Ficar sentada por duas horas pra que?
Uma corrida no parque então? Nesse sol? OI? Cancer de pele?
Já sei! Terminar Crime e Castigo que você começou ha 3 meses? Seriamente? Literatura russa quando as possibilidades são infinitas?

Entendem o que eu falo? Não se consegue escolher, e o dia inteiro, escorrendo na sua frente. Depressivo.

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É isso. Eu tenho o blog há literalmente um ano, e tenho tipo, QUATRO posts.
Sem vergonha na cara, nenhuma.

O problema é que todas as ideias de otimos post surgem no meio da noite.
3 da madruga? Pimba! Idéia de Best-Seller. Ou ao menos idéia que me faria ter 3 leitores fixos, quem sabe? (estou bem humilde hoje).
O que acontece é que eu sempre penso "ah, é só eu lembrar da idéia e amanhã eu com certeza vou me lembrar da linha de pensamento que me levou a este raciocinio genial!"
Nunca funciona.

Entrando nesse assunto de leitores aliás, eu estava ontem pensando que talvez, o motivo de eu não ter nenhuma vergonha na cara em relação aos posts, é porque eu não tenho também nenhum leitor. Ou tenho: eu! E nesse caso é só uma leitora muito especial que sempre vai se identificar com os meus posts e com as situações vividas, mas né? Não é a mesma coisa.


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Hmm, eu realmente adoro férias. Nenhum outro pensamento, só isso. Eu adoro.

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Estas são minhas ultimas férias da escola (a menos que eu repita, mas eu não vejo isso acontecendo) e logo depois minha vida, realmente, começa. Nada mais de menininhas chorando por causa de namorado, nada mais de gente inutil, que só atrapalha (quem eu vou encontrar na faculdade, vai estar lá pra estudar mesmo), nada mais de mentes pequenas, nada mais de pessoas que não tem ideia do que eu estou falando quando eu cito livros, nada mais de dormir 3 períodos seguidos e tirar 10 na prova. Agora começam as provas bad-ass.
É agora que eu tenho de provar pra mim mesma que eu consigo fazer as coisas sozinha.

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Quer dizer, vocês não acham injusto eu ter de escolher o que eu quero fazer, assim, PRO RESTO DA MINHA VIDA? Por que ninguem sabe né? Você nunca viveu aquilo, nunca viu ninguem exercendo a profissão, e de repente, SABE que quer fazer isso? Como?
Tenho uma inveja profunda de quem sabe o que quer fazer desde cedo. Sabe? Aquelas pessoas que sonham com a profissão que vão ter e tudo mais? E não é inveja de Miss não, porque olha, tá foda escolher.

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Fico triste de saber que nunca vou conseguir ler todos os livros do mundo. Eu tenho essa mania de querer saber tudo, sobre todos, desde sempre. Sabe uma pessoa curiosa? EU! Mas eu não sou curiosa só pra fofocas, sou curiosa pro mundo, pra livros, musicas, pra arte, geografia. Eu quero saber de tudo, ouvir tudo, ver tudo.
Tenho o sonho de fazer mochilão pelo mundo. Não pela Europa, não pela américa latina. Entendem? Todo lugar é diferente, todos tem sua propria cultura, sua propria história, crenças, religião. E eu nunca conhecerei todas, e isso me entristece.
Sou louca?